Parque Bela Vista, Vila Nova Votorantim, Jardim Bandeirantes e Toledo são os bairros com maior número de larvas do mosquito Aedes Aegypti
A Avaliação de Densidade Larvária (ADL) realizada no mês de janeiro pela equipe do Centro de Controle de Zoonozes em todos os bairros da cidade, por amostragem, aponta que o índice larvário ficou em 5,6, considerado pelo Ministério da Saúde risco de epidemia. A Prefeitura de Votorantim, por meio da Secretaria de Saúde (Sesa), faz um alerta à população e convoca todos os setores da sociedade a se engajarem nesta luta contra o mosquito Aedes Aegypti.
O Ministério da Saúde preconiza que o resultado da ADL, de 1 a 3,9 coloca o município em situação de alerta e superior a 4,0 risco de epidemia. Em 2016 o resultado da avaliação realizada em janeiro foi de 4,0; julho, 0,3 e outubro, 0,8. Neste ano o município não registrou caso de dengue. Em 2013 foram 263 casos; em 2014, 28; em 2015, 2.865 e em 2016, 43. Até o momento não houve na cidade registro de Chikungunya e Zika.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Nila Puglia, explica que a coleta das larvas foi realizada durante o mês de janeiro em todos os bairros da cidade, pelos agentes do Centro de Controle de Zoonozes. “É esse levantamento, onde escolhemos os pontos por amostragem, que nos diz o quanto a cidade está infestada pelo mosquito Aedes Aegypti”, ressalta. A ADL deve ser realizada nos meses de janeiro, julho e outubro.
De acordo com Nila não é o momento de criar pânico, mas a população deve ter atitude e auxiliar o município no combate ao criadouro do mosquito. “Desde o início do ano a Prefeitura vem realizando a limpeza de áreas com a retirada de entulhos, mas para tanto é preciso que a população também colabore para manter estes espaços limpos”, conta.
Para a responsável pelo Departamento de Vigilância em Saúde, 90% dos criadouros do mosquito estão no interior das residências. “É necessário que as pessoas promovam a limpeza de seu imóvel uma vez por semana”, enfatiza.
Medidas adotadas
O Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) conta com os agentes de controle de endemias que realizam, permanentemente, as ações de combate aos criadouros do mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika.
Nila Puglia explica que o trabalho é realizado em três etapas. O primeiro é o de casa a casa, onde os agentes percorrem diariamente as residências atrás de possíveis criadouros, onde possa ser encontrada água parada. “Quando há larva, há foco do mosquito”, diz. Nas residências o objetivo é encontrar os recipientes que possam servir de possíveis criadouros a exemplo de baldes, pneus, panelas, garrafas, copos plásticos, ou seja, tudo que possa acumular água da chuva.
Semanalmente são realizadas as ações de visitas aos cerca de 40 Pontos Estratégicos (PE), que são as borracharias, oficinas mecânicas e funilaria, e galpões de materiais recicláveis. Bem como nos 86 Imóveis Especiais (IE) localizados na cidade, que são espaços com grande circulação de pessoas, a exemplo do terminal de ônibus, unidades de saúde e supermercados.
Sintomas
A Secretaria da Saúde (Sesa) orienta que ao apresentar os sintomas da doença, como febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e dores no corpo a pessoa deve procurar de imediato pela Unidade de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência.
Cada um faz sua parte
A Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) desenvolve diariamente na cidade as ações de limpeza com os serviços de roçagem e capinação, além da remoção de entulho das áreas que são utilizadas pela população como ponto irregular de despejo de entulho e materiais inservíveis. Com isso vem retirando das ruas os possíveis criadouros.
Desde o início do ano já foram retirados de diversas áreas mais de 300 caminhões de materiais inservíveis. A Sesp reforça também que a população deve se conscientizar e não depositar lixo em terrenos. Um dos exemplos é em relação a Rua Paschoal Jerônimo Fornazari, onde na primeira semana de janeiro foram retirados mais de 100 caminhões de entulho e mesmo assim a população insiste em depositar material novamente no local.
Para a diretora de Vigilância em Saúde, Nila Puglia, a Prefeitura está fazendo a sua parte mas é preciso que a população colabore cada vez mais. Ela lembra ainda que a Sesa está preparando uma campanha de conscientização. “Vamos distribuir folhetos informativos em toda a cidade e principalmente nas unidades escolares, nesse momento é importante que as pessoas nos ajudem a acabar com os mosquitos, uma vez que a cidade está infestada”, conclui.
O material da campanha pede auxílio a população para acabar com os criadouros do mosquito, tendo em vista que a única forma de fazer esse controle é eliminar a água parada semanalmente. As ações a serem adotadas são as mesmas como lavar as vasilhas de água dos animais, manter pneus em locais cobertos e limpos, manter as caixas de água sempre bem tampadas, deixar as garrafas guardadas de boca para baixo, remover as folhas e galhos das calhas e assim evitar o acúmulo de água, entre tantas outras.