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Trabalhar o mito infantil de Chapeuzinho Vermelho dentro de uma concepção politicamente correta e com enfoque no meio ambiente e ecologia. Esse será o tema da peça “O cordel do Chapeuzinho e o Lobo”, que será apresentado nesta sexta-feira (7), no teatro municipal “Francisco Beranger”, localizado na avenida Newton Vieira Soares, 291, às 19h. A entrada é gratuita e os ingressos devem ser retirados com 1h de antecedência. O evento faz parte da agenda cultural de agosto da Secretaria de Cultura, Turismo e Lazer.

O espetáculo parte do mito infantil de Chapeuzinho Vermelho, trazendo a história para terras silvestres numa alusão às histórias de poemas populares, e inverte a polaridade, tentando uma visão mais politicamente adequada aos novos tempos. O lobo está longe de ser o vilão absoluto. Na verdade, é um velho que foge do zoológico para vir morrer em sua caatinga natal. O vilão aqui é o homem, mais especificamente na representação do caçador, transformado em dois atrapalhados e divertidos palhaços. O espetáculo infantojuvenil em sua concepção acabou virando uma peça para todas as idades, pois tanto adultos quanto crianças acabam se divertindo com a história desse lobo velho que volta para sua catinga natal para morrer junto aos seus parentes. No caminho, ele é ajudado pela menina Chapeuzinho Vermelho, que o auxilia a se livrar dos terríveis caçadores que o perseguem.

A versão mais popular deste conto é a assinada pelos Irmãos Grimm, em 1812, na qual a Chapeuzinho e a vovó voltam a viver e o lobo sai castigado exemplarmente. Mas foi Charles Perrault, em 1697, quem escreveu a primeira versão deste conto, só que sem final feliz. Portanto, foi com os Irmãos Grimm que este texto popular teve a sua salvação e se transformou no conto de fadas mais divulgado dentre todos eles.