A ação contou com representantes de escolas municipais de Votorantim e pais de alunos
A Prefeitura de Votorantim, por meio da Secretaria de Educação, promoveu o primeiro encontro de mobilização em prol da luta das pessoas com deficiência. O evento foi realizado na manhã desta segunda-feira (27) no Auditório Municipal Francisco Beranger.
A ação serviu para reforçar e reafirmar o protagonismo das pessoas com deficiência, principalmente no ambiente escolar. Estiveram presentes representantes de instituições de ensino do município e pais de alunos.
Esse encontro no auditório Francisco Beranger foi o pontapé inicial de um projeto mais amplo, o qual será desenvolvido na rede municipal de ensino de Votorantim. A ideia da Secretaria de Educação é promover, futuramente, reuniões em todas as instituições de ensino da cidade.
A escola municipal Cândido dos Santos, no bairro Green Valley, foi a pioneira nesse trabalho de acolhimento voltado aos responsáveis pelas crianças com deficiência física ou intelectual. “É um momento com os pais, para que eles passem um pouco para nós as suas experiências”, comenta Roberta da Silva Martinez, professora e responsável por todas as ações de educação especial inclusiva no município.
Apresentações
O primeiro encontro de mobilização em prol da luta das pessoas com deficiência teve a apresentação de alunos da escola municipal Gerson Arruda Soares. Eles interpretaram a música “Coração bobo”, de Alceu Valença.
Na sequência, Márcio Queiroz fez o relato de uma experiência profissional de sucesso. Ele é cadeirante e atua como professor efetivo do sistema de ensino municipal de Votorantim.
No fim, houve uma dinâmica com pais e responsáveis de crianças com deficiência. Eles foram convidados a falar sobre as experiências de vida.
Uma das participantes do evento foi a professora Eliza Martins Claudino, 37 anos, moradora da Vila Guilherme. O filho dela, de 2 anos, possui uma síndrome rara, a qual provoca um atraso no desenvolvimento psicomotor. “A inclusão na escola é muito importante, tanto para nós quanto para as crianças com deficiência intelectual ou física”, relata.
Na opinião de Eliza, esse evento foi importante para dar ainda mais visibilidade ao assunto. “É preciso que haja sempre acolhimento e respeito”, comenta.
A dona de casa Marcia Dantas Veras, 47 anos, moradora do Parque Bela Vista, também deu um depoimento durante o encontro. Ela é mãe de uma criança com Síndrome de Down e classificou o evento como proveitoso para as mães trocarem experiências. “A luta não é fácil. Você tem de renascer todos os dias, enfrentar o preconceito. O testemunho de um dá apoio ao outro”, conta.