Uma aula que desenvolve os aspectos sociais, afetivos, bem como a linguagem corporal por meio de ações lúdicas, jogos e brincadeiras. A Prefeitura de Votorantim, por meio da Secretaria de Educação (Seed), implantou desde 2017 as atividades de Educação Física nas creches para crianças a partir de 2 anos e vem colhendo resultados extremamente positivos.
De acordo com a Secretaria de Educação, os movimentos propostos durante as aulas são exercícios para o cérebro, por isso existem estudos que comprovam que existe uma forte relação entre atividade física e a melhoria do desempenho escolar.
Para muitos, a educação física é compreendida apenas como esportes com bola, mas ela vai muito além, conforme explica um dos professores da rede municipal Fabio Ribeiro. “Nós trabalhamos com atividades em que as crianças começam a entender o que são capazes de fazer, ganhando autoconfiança, autonomia e controle do corpo”, explica.
Um dos exemplos são brincadeiras com pregadores e tampinhas de garrafa, fazendo com que os alunos aumentem sua capacidade sensorial e habilidades motoras. “Isso auxilia na escrita, pois são consequências do desenvolvimento físico”, ressalta o professor, também contando que todas as aulas são planejadas: “tem que ter muito carinho e paciência”, destaca.
No Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) “Giselle Freitas Xavier”, na Barra Funda, por exemplo, a educação física vem auxiliando constantemente o desenvolvimento do garoto Bryan, de 4 anos, que é autista e tem paralisia no lado esquerdo do corpo. “Eu sabia que ele tinha muita dificuldade, insegurança, não conseguia andar para fazer as atividades. Hoje chorei ao acompanhar uma aula dele, foi a primeira vez que assisti. Vi que ele conseguiu completar todo o percurso com muita determinação, persistência e equilíbrio”, conta a avó Erica Bastos. “Essas aulas estão sendo uma bênção na vida dele. Tenho que parabenizar toda a equipe escolar”, completa.
Conforme explica a coordenadora pedagógica da unidade, Ana Paula Oliveira, Bryan começou com as aulas de educação física no ano passado. A evolução e os resultados obtidos são claros. “As crianças aumentam a aprendizagem, a memória, raciocínio, pensamento, além de agregar para a interação e relações sociais. Com o Bryan, por exemplo, foi assim, e isso me emociona. A força de vontade dele nos impressiona, isso é muito demonstrado durante as atividades. Não imaginávamos que seria tão positivo”, finaliza.